Inventário Corporativo de Emissões de Gases do Efeito Estufa - GEE: Parte 5
- Eduardo Gabriel De Pauli Baptista
- 18 de fev.
- 2 min de leitura

GHG Protocol – A Base para a Gestão de Emissões
O GHG Protocol é o padrão internacional mais utilizado para a quantificação e gestão de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Desenvolvido pelo World Resources Institute (WRI) em parceria com o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), o protocolo fornece uma estrutura abrangente e flexível para a elaboração de inventários corporativos.
O que é o GHG Protocol?
O GHG Protocol estabelece diretrizes claras para identificar, calcular e reportar as emissões de GEE. Sua metodologia é compatível com normas internacionais, como a ISO 14064, e com as diretrizes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O protocolo abrange diferentes tipos de organizações, permitindo adaptações para setores específicos e realidades locais. Ele é amplamente adotado por empresas, governos e instituições ao redor do mundo.
Os Cinco Princípios do GHG Protocol
Para garantir que os inventários sejam consistentes e confiáveis, o GHG Protocol se baseia em cinco princípios fundamentais:
Relevância: Assegurar que o inventário reflita de forma precisa as emissões relevantes para a organização e para seus stakeholders.
Integralidade: Incluir todas as fontes significativas de emissões dentro dos limites definidos, justificando qualquer exclusão.
Consistência: Manter metodologias uniformes para possibilitar comparativos ao longo do tempo, documentando claramente quaisquer alterações.
Transparência: Relatar os dados de maneira clara e precisa, revelando suposições e referências utilizadas.
Exatidão: Minimizar incertezas e evitar que as emissões sejam subestimadas ou superestimadas.
Seis Etapas do GHG Protocol
O GHG Protocol divide o processo de elaboração de inventários em seis etapas principais:
Definir os limites organizacionais: Determinar quais operações serão incluídas no inventário com base na participação societária ou no controle operacional.
Definir os limites operacionais: Classificar as emissões em Escopo 1 (diretas), Escopo 2 (indiretas de energia) e Escopo 3 (outras indiretas).
Coletar dados: Levantar informações detalhadas sobre atividades que geram emissões.
Selecionar metodologias de cálculo: Utilizar fatores de emissão reconhecidos para converter os dados em CO₂e.
Calcular as emissões: Aplicar as metodologias e consolidar os resultados.
Elaborar o relatório: Documentar os resultados, garantindo transparência e clareza.
Benefícios de Adotar o GHG Protocol
A utilização do GHG Protocol traz diversos benefícios para as organizações:
Credibilidade: Os inventários elaborados com base no protocolo são amplamente aceitos por mercados e governos.
Comparabilidade: Permite comparar o desempenho ambiental ao longo do tempo ou com outras organizações.
Base para ações climáticas: Auxilia na definição de metas e no planejamento de iniciativas de redução de emissões.
O GHG Protocol é uma ferramenta essencial para organizações que buscam compreender e gerenciar suas emissões de GEE de maneira eficaz. Ao adotar suas diretrizes, é possível garantir um inventário confiável, promover a transparência e contribuir para a sustentabilidade global.
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